1)) Dentro da lexicografia , existe um ramo que estuda a origem dos nomes próprios: ONOMÁSTICA. Ela se ocupa de estudar os nomes próprios de pessoas (Antroponímia) e os nomes de lugar( Toponímia). Silveira Bueno, baseado em Leite de Vasconcelos, acrescenta à Pantonímia (estudo de "todos os demais nomes próprios alheios ao homem e ao lugar , tais como : nomes de astros, de ventos , de entidades mitológicas, etc."). Bueno também apresenta a divisão do estudo dos nomes próprios conforme Rebelo Gonçalves:
Toponímia - nomes de lugares.
Antroponímia - nomes de pessoas.
Patronímia- nomes que indicam a origem e a linhagem da pessoa.
Prosonímia- apelidos humanos.
Etnonímia- nomes de povos ,tribos , castas , comunidades religiosas e políticas.
Hieronímia- nomes sagrados.
Mitonímia- nomes de seres da mitologia e da fábula.
Astronímia- nomes de astros, estrelas, etc.
Crononímia- nomes dos séculos , das eras ,dos meses, etc.
Heortonímia- nomes das festas.
Biblionímia- nomes dos livros e das obras célebres da literatura universal.
2)) Drummond analisa que "o nome próprio extravagante é motivo de riso, que faz sofrer seu portador em benefício do fígado alheio, mas sua motivação é sociológica e psicologicamente séria". Drummond destaca que, "na hora de colar ao filho uma etiqueta para toda a vida, não só a imaginação se põe a trabalhar. Entram no jogo o espírito religioso, a definição política, a fascinação por supostos heróis do dia, o desejo de transferir ao recém-nascido virtudes e glórias de um modelo prestigioso, pela identidade onomástica". (apud Manoel Pinto Ribeiro, 2011).
3)) Mário Souto Maior reuniu num livro "Nomes próprios pouco comuns", que é a sua grande contribuição ao estudo da antroponímia brasileira. Vejamos alguns exemplos:
-Antônio Dodói;
-Antônio Manso Pacífico de Oliveira Sossegado;
-Magnésia Bisurada do Patrocínio;
-Naída Navinda Navolta Pereira;
- Abecê Nogueira;
- Barrigudinha Seleida;
- Eclesiaste Cardeal da Costa;
- Gilete Queiroga de Castro.
Nas redes sociais também há inúmeros exemplos de nomes extravagantes.
Referências
BUENO, Silveira. Gramática normativa da língua portuguesa: curso superior.7.ed. São Paulo: Saraiva,1968.
RIBEIRO, Manoel P. Gramática aplicada da língua portuguesa. 20.ed. Rio de Janeiro: Metáfora editora , 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário